1. |
Vigília
01:26
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2. |
Acordar
04:05
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A Primavera em mim tornou-se Inverno - sem Flores, sem Frutos, sem Folhas.
Nós tornámo-nos Eu - Noite sem dia, sem escolhas.
Vejo-me sem reflexo, grito sem eco - o meu prazer maculado p’lo passado a teu lado.
Carrego o fardo que escolhi, quando me deito numa cama vazia.
Se chamo por ti, nego-me a mim - perco-me enquanto caminho, diluo-me na profundeza das águas.
Não vou, sou levada - Ardo em fogo lento, ao contratempo.
Quero um novo acordar...
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3. |
Ainda É Noite
03:24
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Vivo a minha hora do lobo.
Cada segundo sugere um ano que se arrasta, lentamente,
pelas ruas, pelos becos, do meu Inferno.
Ouço a tirania do silêncio.
O arpejo da madrugada tarda e suspende os meus sentidos
sob a chuva, sob o vento, do meu Inverno.
Sonho a liberdade que me falta.
Esqueceram-se as calçadas e os passeios ao fim da tarde,
entre as paredes de um claustro eterno.
Trato a Saudade que carrego.
Um beijo delicado estende-se, sublimado numa breve memória que desperta o Tumulto interno.
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4. |
Sou Eu!
04:51
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Pelos campos em fora, pelos combros,
Pelos montes que embalam a manhã,
Largo os meus rubros sonhos de pagã,
Enquanto as aves poisam nos meus ombros...
Em vão me sepultaram entre escombros
De catedrais de uma escultura vã!
Olha-me o loiro sol tonto de assombros,
E as nuvens, a chorar, chamam-me irmã!
Ecos longínquos de ondas... de universos...
Ecos de um mundo... de um distante Além,
De onde eu trouxe a magia dos meus versos!
Sou eu! Sou eu! A que nas mãos ansiosas
Prendeu da vida, assim como ninguém,
Os maus espinhos sem tocar nas rosas!
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5. |
Forget Me Not
04:15
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Keep all those memories, the scents and flavours - preserve me in you.
Open your eyes, look out the window, at the mire where we used to play.
Remember that every night is followed by another day.
And if you’re blue, look at yourself in the mirror - you will see me there too.
Forget me not - all the tears I have shed, the mistakes I have made...
Remember them always, for they are yours too.
And now, that I’m no longer with you,
though we were never apart, look for me in a simple gesture,
for I will forget you not.
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6. |
Some Love, Please?
03:17
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Will you please pour me some love?
Last years' harvests have been most dreadful
and I'm growing ever bitter from this long draught...
Won't you tell me a wonderful story?
All these drunk fairytales have been most sad
and I'm growing ever tired of these fake promises.
Pour me some love - this crimson poison tends to colour
all your lies heavenly blue.
Some more love, to drown this winter in its warmth.
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7. |
Da Minha Ausência
04:38
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Amo-te, sem beijos, a horas marcadas. Trago-te à vida, pelo corpo que te empresto.
E pergunto-me o que buscas, nesta tua ânsia de desejo.
Procuro-me nesta ausência a que me forço na tua presença.
E, também eu inebriada nesta minha ânsia de amar, finjo-te tudo o que quero ter,ainda que depois te perca em completo anonimato.
Chamo a mim a tua falsa paixão, neste endorcismo distorcido.
Ainda que, findo o extâse que te empresto, queira lavar-te de mim.
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8. |
Enthralled
03:04
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Searching for the means to clear my path in this world,
the more the shadows move, the more I want to climb out of this cave.
Searching for a light to awaken my senses, and make me believe that all this is worth it, that all this is true.
As I dashed past the threshold, new forms I witnessed, rushing past me, touching me,shaping me, to a newer vision.
Enthralled I was, Enthralled I am, by all the sounds glittering through the multiverse!
Not any love, nor all the science, could offer such beautiful answers.
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9. |
Fujo de Mi
04:26
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Fujo de mi, quando me não precato
Sem querer outra vez me acho comigo,
Tenho-me por suspeito e inimigo,
E comigo perpétua guerra trato.
Entrando em mi destruo, prendo e mato,
Mas eu quando me vejo em tal pirigo
Contra mi me levanto e me persigo
A ferro e sangue, sem querer contrato.
Por mi tenho os sentidos, que me acodem;
A razão co'a vontade e co'a memória
Sustentam contra mi outro partido.
Ai civil guerra sem despojo e glória,
Onde os que podem mais contra si podem,
Onde o que é vencedor fica vencido.
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10. |
What If...
03:47
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It clings so desperately... It rings, deafening me.
It sings out of every song, and reads out of every poem,
yet I can't help feeling comforted, as if I were no longer bereft.
This splinter has kept me company, everpresent, driving in blatant disobedience.
A nagging child in endless curiosity that hides behind a grinning smile, demanding the most obscure of answers under a veil of innocence.
My inquisitive pair in dance, and wondering partner in love - this overwhelming question: "What if?"
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11. |
Opus DCXVI
02:25
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Equilibrium Music Lisbon, Portugal
Equilibrium Music was born in August 2000 with the intent of providing a breeding ground for Darkwave, Neo-Classical, Medieval, Dark Folk, Ambient music and related genres in Portugal.
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